Sinopse

Encenar o "AUTO DA BARCA DO INFERNO" de Gil Vicente, uma das obras primas d' "o maior Génio
inventivo que Portugal produziu" nas doutas palavras de Carolina Michaëlis de Vasconcelos era vontade
grande do ERA UMA VEZ, Teatro de Marionetas.
Essa vontade, advinha não só da genealidade da escrita do "AUTO DA BARCA DO INFERNO", transformadora
de antigas Danças da Morte medievais em Teatro, mas também do profundo olhar de que o Mestre fez uso
para caracterizar os seus personagens.
Impressiona que passados quase quinhentos anos possamos encontrar nas nossas ruas, nas nossas praças,
os mesmos Onzeneiros, Fidalgos, Sapateiros, Frades, Procuradores e Corregedores. Já não enforcamos os pilha-galinhas,
mas a justiça continua diferente para ricos e pobres. Os Cruzados mudaram de montadas.
O Judeu continua à espera do Messias e o Parvo continua a ter entrada garantida no Reino dos Céus.
O texto utilizado é o da edição de cordel, de 1518, revista por Gil Vicente e que se encontra na Biblioteca Nacional de Madrid.

 

Ficha Técnica

Direcção e Dramaturgia - José Carlos Alegria
Vozes e Manipulação - Ana Margarida Meira Alegria, Carlos Miguel Meira Alegria e José Carlos Alegria
Retábulo e Bonecos - António Canelas
Figurinos - Clara Sertório
Música - Alexandre Tavares, Carlos Miguel Meira Alegria e João Cordeiro
Luz - Era Uma Vez, teatro de marionetas
Som - Carlos Miguel Meira Alegria
Fotografia e Design Gráfico - Ana Margarida Leitão
Técnica - Bonecos de Varão
Duração do Espectáculo - 50 min